2009-05-21

ENTREVISTA EXCLUSIVA " BANDA V O L T Z "

Selmer – É fácil falar da banda quando o trampo ta rolando legal, a banda já ta conhecida no mercado.Então gostaria que vocês fizessem um retrospecto desses 10 anos de estrada da Voltz.As dificuldades que a banda teve. Começo de carreira, até conseguir colocar o som de vocês nas rádios ?

Glauber Ribat - Cara, começamos em janeiro de 1999 e, enfim... Da formação original eu sou o único.Mas os demais integrantes já tinham outras bandas e tocavam também. Pra mim começou como uma brincadeira de colégio entre amigos.Acho que pra eles começou assim também.Só que a gente é apaixonado pelo que a gente faz. O lance foi tomando conta e virou a coisa principal na vida de todos nós.Passamos por milhares de dificuldades. Na verdade até hoje a gente passa por dificuldades.Acho que não existe uma banda que não passe por dificuldades.Acho que sempre terá uma barreira a mais pra enfrentar, coisas diferentes pela frente que a gente não sabe. Assim... A gente passou por dificuldades pra tocar, dificuldades pras pessoas aceitarem o nosso som na rádio, na mídia em geral.É o que rola e acontece com a gente desde o inicio em escalas diferentes. Hoje as mídias maiores ainda são fechadas pra gente.Algumas a gente já conseguiu abrir.Outras estamos galgando pra abrir.Mas o mais bacana desde quando eu montei a Voltz é que, eu tinha intenção de tocar som próprio.E os caras também faziam isso nas bandas que eles tocavam na época.A gente começou a tocar covers pra caramba na noite.Aprendemos muito. Mas sempre tocando o nosso som.A gente foi cara de pau pra caramba. Demos muito muro em faca e no final fizemos as pessoas engolir o nosso som.

Selmer - Vocês participaram de um documentário muito legal chamado “Cantadores de Histórias” produzido por Ana Claudia Silvestre e Pedro Quadros, que conta a trajetória das bandas regionais e as dificuldades até chegar as gravadoras.É um caminho longo e difícil sempre, não?

Glauber Ribat - Cara é o que eu to te dizendo! A dificuldade existe pra todo mundo mesmo em 100 % das bandas.O U2 por exemplo, deve ter passado dificuldades. Não é possível!!! É serio, saca.Pra todo mundo é difícil.O U2 é uma banda transgressora ao extremo. Por mais que eles mudem e queiram ser a banda mais diferente que existe eles vão enfrentar algum tipo de barreira cara. Acho que a vida é isso.Enfrentar obstáculos.Uma banda quando chega no Ápice tem que quebrar seus próprios limites. Acho que é isso que faz uma banda sobreviver.
Pra gente é legal conviver com várias bandas que tem aqui. Principalmente pra mim, até porque o Bozo(baixista) e o Charles(Guitarrista) são um pouco mais velhos que eu.Então acabam sendo mais contemporâneos porque já tocavam em outras bandas.Eu comecei a tocar em 1996, quando vi pela primeira vez a banda do Dotô Jéka no Jô Soares.Pensei: - É isso que eu quero fazer -Se os caras fazem isso em Jacareí eu também posso fazer aqui em São Jose.A banda Dotô Jéca foi a antiga banda do Tuia Lencione que hoje é um grande amigo meu.Tem uma música dele no nosso disco.Eu produzi o disco dele. Isso é muito maneiro...Com a banda Mack Zero 5 eu aprendi muitas coisas de produção trabalhando com o Fábio Alba(guitarrista). É assim cara.A gente foi quebrando várias barreiras juntos até chegar aonde à gente ta.


Fernando Bozo – O legal que você falou do DVD é que todo mundo começou mais ou menos na mesma época.Eu e o Charles somos daquela época.Então acaba todo mundo se encontrando.O Glauber citou o Tuia que é daquela época também.A gente era fã do trabalho dele.Não o conhecíamos pessoalmente.Mas hoje somos grandes amigos.
Glauber Ribat - O Tuia ta trabalhando no novo projeto dele que eu e o Bozo vamos participar.
Fernando Bozo - Temos contato com o pessoal do Mack zero 5 que o Glauber trabalhou junto também.O pessoal da Banda Luxúria que o Glauber produziu o disco.Acaba todo mundo se encontrando e se juntando.Isso que é legal na cena musical daqui.

Glauber Ribat – Quando se fala em cena musical, tudo isso é o principio.Você observa e diz: - Também quero participar disso - E tudo isso vai te mover pra uma coisa enriquecedora dentro da cena musical.Quando a gente fala que o mercado ta crescendo é por causa disso.Um ajudando o outro em busca de melhorar o som que está sendo produzido.
O Pablo veio de longe...Do interior. O Charles a gente arrebanhou pra Voltz.Inclusive eu trabalhava na Banda Capitão do Mato com o Charles que é outra banda que ele ainda tem. Quando o Mack Zero 5 lançou o disco deles pensamos: - caralho o disco é muito bom! A gente tem que fazer isso cara - Aí a gente fez o nosso disco.E é engraçado porque os caras do mack Zero 5 ouviram o nosso disco e disseram a mesma coisa. - Caralho, o disco de vocês ta muito bom! Temos que fazer outro disco - Assim que é legal saca! Essas referências fazem a cena musical enriquecer e crescer. Você se apóia nessas referências pra chegar nos seus objetivos.

Selmer – Vocês vêm sendo a banda de maior destaque desde de 2007 pra cá. Foram vencedores do Festival Guaraná Antártica.Estão com alguns rits tocando nas rádios.Mas de certa forma parece que ainda ficou faltando alguma coisa, se é que eu posso dizer assim, no sentido de mercado, expandir mais o som de vocês.Enfim...

Bozo – É um pouco de cada coisa. Dentro do mercado das bandas não é do dia pra noite que se consegue ter uma carreira consolidada. A banda existe há 10 anos. Só trabalhando e, com o tempo é que a gente vai conseguir chegar aonde a gente quer.

Glauber – São varias coisas mesmo. A banda já passou por muitas coisas.Acho que você, selmer pode dizer pessoalmente isso.A forma como a gente evoluiu do ano passado pra cá é impressionante.(É verdade!)A gente olha pra trás e vê quanta coisa aconteceu. Pensamos: - Caramba, olha tudo isso! - Houve coisas que a gente fez há um ano atrás e shows. Como a gente mudou. Acho que assim, o mercado tem uma dificuldade de absolver coisas novas porque tem muita banda tocando.Tem muita coisa acontecendo e o mercado fonográfico ta quebrado no Brasil.Não se tem grana pra nada. Principalmente de uns seis meses pra cá que a gente vem enfrentando uma crise internacional onde quase todas as gravadoras são multinacionais. Então todas elas tão sem verba.As que estão funcionando são as nacionais chamadas de pequenas.Por exemplo, Arcenal Music, Deskdisc, enfim... A gente tem que ir se moldando e aprendendo como trabalhar para entrar no mercado cada vez mais.Se avaliando: - Pô a gente tem que melhorar nisso, mudar aquilo - E o mercado também se adaptando a nova forma de trabalhar que eles ainda não encontraram, saca! É complicado.As gravadoras ainda não sabem como fazer. Não sabem como fugir da pirataria. Não sabem como reverter o prejuízo que tiveram com a pirataria .Então assim , acho que a gente ta numa fase complicada e transitória. Mas vamos pra frente!

Selmer - Mas tem o lado bom porque hoje as bandas têm a liberdade de produzir seus trabalhos, divulgar por conta própria na Internet, produzir seus vídeo clips, agendar shows...Enfim, nesse sentido melhorou né.E você ta produzindo o trampo da Banda Caos.

Glauber Ribat - Tem a ver com a solidez do que a gente faz. Não ficamos só dependendo da gravadora, da rádio pra tocar a nossa música. Se alguma coisa não for do jeito que a gente quer com a gravadora a gente vai continuar produzindo o nosso som do mesmo jeito. Acho assim, a atitude hoje é de banda independente pra sempre até que o mercado consiga achar uma forma de funcionar é assim que tem que ser. A gente encontra muito artista na estrada. Conversamos com vários caras que são lendários da música nacional. A gente teve o prazer de conhecer o Jorge Israel do kid Abelha, uma das maiores bandas dos anos 80.Foi nessa época que o rock surgiu no Brasil. A gente conviveu um tempão com o Tony Garrido em função do festival guaraná antártica. O Tony garrido tem o escritório dele, a parada dele porque conseguiu consolidar a carreira.E hoje ele tem autonomia pra fazer isso.Mas é assim, cara.Esse é o nosso caminho.Todo mundo tem que ter atitude de banda independente...Todo mundo tomando conta de si próprio...As grandes bandas do Brasil hoje, Skank e Jota Quest tem estúdio próprio. Entregam seus trabalhos prontos para a gravadora que só distribui. Todo mundo arrumou uma forma independente de trabalhar...

Selmer - Cada vez que ouço a banda tocando, eu me convenço que música é coração mesmo!Se você não coloca a alma naquilo que você ta fazendo o público vai sentir.O resultado positivo do trabalho de vocês tem muito a ver com isso, não?

Glauber RibatCara, particularmente eu acho que esse é o ponto principal do nosso trabalho.A gente só consegue fazer isso porque vivemos muito bem.Não to falando de grana não! É mais no sentido de estar satisfeito com o que a gente faz.Isso é o mais importante.Existe um monte de complicações que a gente passa .Mas acho que a gente está muito satisfeito com que a gente faz.A gente se dedica muito.Vem a mais de 1 ano só se dedicando a isso.Largamos tudo que a gente fazia na vida pra se dedicar exclusivamente a música .Acho que isso faz a gente se sentir muito bem.Chegar no show e ouvir um monte de gente cantando a nossa música, aí não tem jeito.A gente bota o coração mesmo e deixa rolar.

Selmer – Como é o lance da elaboração das letras.Tem a ver com o momento,rola um tema especifico.Como é o seu processo de criação das letras Glauber.

GLAUBER Ribat - Cara desde criança eu tinha uma onda de escrever poesia.Gosto de muita coisa.Já li muitas coisas.Até acho que preciso ler mais. Gostaria de ter mais tempo.Ser mais disciplinado pra ler.Mais enfim...Desde criança eu já gostava de escrever. Conforme eu fui crescendo, comecei a retratar tudo que eu vivo.90% das letras são coisas que a gente passa.Coisas que vivo.Algumas coisas eu acabo criando da minha cabeça,saca! Aí é o lado poético da historia.Só que é meio inexplicável..Às vezes vem como psicografia,outras eu passo um ano escrevendo a letra.Não tem uma regra.Só que o mais bacana é que quando eu escrevo alguma coisa ,eu crio a melodia,a harmonia.Aí a gente ensaia e cria a música juntos. Por exemplo, o BOZO tem um link impressionante. Eu chego com uma parada aí ele entorta pro lado dele, o Pablo já imenda...

Selmer – Quando tudo acaba a gente percebe que estava apenas começando, não?

GLABER Ribat – Com certeza! Cara o Líu que é o compositor dessa letra tem uma história bem triste. Ele faleceu num acidente de carro dezembro de 2005.Era um parceiro de trabalho que eu conheci após ele ter lançado um disco pela DR que era uma banda carioca que eu fui convidado pra participar.Nisso viramos amigos.O Líu tinha 23 anos de idade e escrevia coisas muito além da idade dele.Impressionante mesmo!Quando começamos a montar o repertório pro nosso disco a gente tinha varias músicas nossa. Só que a gente queria fazer a coisa mais coerente possível.Tínhamos músicas que eu compus desde de 2001 até 2007 por exemplo.Aí o Bozo sugeriu que a gente pegasse a música “Quando tudo Acaba” pra gravar porque só ia somar ao disco e tinha tudo a ver com a gente tocando.

BOZO –Foi bem na época que a gente tava tocando outras músicas. Já tínhamos escolhido a do Mack Zero 5 .Eu sugeri a música “ Quando tudo acaba”.Depois no finalzinho do repertório pintou a música do Tuia e foi bem na época que o Glauber tava produzindo o disco dele.

GLAUBER Ribat – O Tuia falou pra gente.“Tem uma música aqui que tem a onda de vocês e eu gostaria que vocês ouvissem.” A gente gravou na hora... E assim, voltando ao ponto da questão das letras. Tentando entender um pouco do universo do Líu que tem a ver com o nosso também.A gente percebe que ele tinha uma sede muito grande.Ele era um cara muito intenso. Ele queria extravasar, botar tudo pra fora. Isso era extremamente poético.Por isso a gente decidiu colocar essa música no disco.
BOZO – É a música mais intensa do show!
GLAUBER RibatMAS a gente roubou! É nossa, rsrsrsrs... O Líu, onde ele estiver , Deus o abençõe, mas ele sabe disso. Essa música é nossa agora.

Selmer - Esse ano a banda já apareceu em alguns programas de tv, ta começando também a temporada de shows e divulgação.Quais os principais objetivos da banda pra esse ano de 2009?

GLAUBER – A gente tem umas metas pra esse ano.A gente quer que esse ano seja o ano em que a gente mais toque em tudo quanto é lugar, saca.A gente gravou muito o ano passado, foi muito bacana. Fizemos coisas que a gente nunca imagina que ia fazer .Esse ano a gente quer ir pra longe.Aonde quiserem ouvir o nosso som a gente vai tocar. Esperamos que a mídia se abra um pouco mais. Na verdade isso já aconteceu graças a Deus! Esse ano nós já fizemos muito mais coisas em relação ao ano passado.Enfim só estando na estrada pra saber o que vai acontecer.Mas pelas respostas que a gente tem recebido, parece que estamos no caminho certo.O Pablo nosso batera, sempre diz: “ SEMPRE QUE A GENTE SE VÊ OLHANDO PRA TRÁS, A GENTE NUNCA SE VÊ VOLTANDO.MESMO SENDO O MENOR DEGRAU QUE EXISTE, A GENTE SÓ ANDOU PRA FRENTE.” Pensamos nisso todos os dias e a cada degrau que a gente avança, imaginamos que um dia vamos chegar aonde a gente quer porque a gente tem metas!
BOZO – A gente nunca trabalhou tanto como a gente ta trabalhando agora.Não só na questão de shows, até porque a gente ta voltando agora, mas na questão de administrar mesmo. Desde a questão artística até a produção.
GLAUBER - A gente quer crescer muito este ano como banda.A mídia é outra história. Se a gente vai conseguir chegar na mídia, só vamos saber no final do ano.Como profissionais a gente garante que vai crescer bastante porque a gente ta se dedicando muito.

Selmer – No cenário das bandas regionais você Bozo, é apontado como um dos grandes baixistas do cenário musical.Sendo o baixo um instrumento de acompanhamento, como fica esse lance de saber aparecer no momento certo?

BOZO – Acho que não tem esse lance de querer aparecer ou não!O lance principal é o que a música pede.De repente você sente que a música ta pedindo alguma coisa diferente,então você experimenta e tal. Tem o lance com o Pablo também desde a primeira vez que a gente tocou junto rolou uma sintonia legal.Tanto é que ele só ta na banda por isso...(riso Geral...) Não é verdade! É engraçado e, muita gente não sabe, mas a primeira experiência que eu e o Pablo tivemos tocando juntos foi em outra banda .Ele morava no interior.Eu o conheci pela Internet e o convidei pra fazer um teste na banda que eu tocava na época.Como ele morava longe não rolou muito. Só que a gente teve esse link musical muito forte,entendeu!Muitos anos depois eu já estava tocando na Voltz.Então sugeri chamar o Pinaju...rsrsrs...O Pablão. Na verdade rolou um link legal com todos da Banda.
PABLO Maranho - Muitas vezes, eu e o Bozo combinamos algumas coisas sobre o que vamos fazer nas músicas.Eu dou algumas idéias, o Bozo vem com outras e, aí a gente fecha. Conversamos bastante sobre outras bandas, sobre referências...
Fernando Bozo – É engraçado e muita gente não sabe mas eu comecei tocando teclado e violão. Então eu brinco com esse lance de falar que eu não sou baixista. Mas o baixo foi o instrumento que eu mais me identifiquei e gosto pra caramba.Quando eu faço um arranjo penso também em valorizar o arranjo que o Glauber e o Sanches fizeram.Eu costumo falar que o baixista bom, ou é aquele cara que faz um lance fodido, que pinta na música, ou é aquele cara que você vai no show e não nota.Se ele não apareceu, ele é bom também porque ele fez o básico.O baixo não tem que ficar aparecendo o tempo todo.

GLAUBER – Eu posso até complementar tecnicamente dizendo que o BOZO realmente tem esse lance muito melódico tocando o baixo.Por isso acaba sendo um referencial enquanto baixista. Isso acontece pelo fato dele tocar vários instrumentos.Então ele pensa na música num contexto geral, sabe.

BOZO – O baixo é um instrumento de acompanhamento, não é um instrumento solo.Pelo menos essa é a minha opinião.Tem que ser simples e eficiente.
selmer – Sanches, gostaria que você falasse sobre as suas influências musicais como guitarrista nas bandas anteriores e agora tocando na Voltz.

SANCHES – Eu comecei a tocar ouvindo muita música dos anos 60 e 70.Eu sempre gostei muito de Blues.Também tem o lance do Rock mais clássico, o lance de improviso.Aí foi que eu comecei a tocar com o Bozo na nossa primeira banda há muito tempo atrás.A gente curtia muito grunge que era o som que tava estourando na época.Por exemplo: Nirvana, Alice in chains, Pearl Jam. São as mesmas influências que eu tive no Blues e ouvindo Jimi hendrix. Tanto é que quem manja de guitarra percebe nitidamente no primeiro álbum do Pearl Jam influências de guitarras do Jimi Hendrix. E depois rolou um lance de tocar música Brasileira também. Recentemente eu tenho ouvido coisas que não são novas mas, que eu fico reparando a sonorização.Coisa que eu não fazia muito.Tenho ouvido bastante Nickelback, foo Fighters que tem uma influência muito grande do Nirvana.É mais ou menos por aí.
Glauber – Você tem que falar mais sobre as suas influências da música Brasileira...
Sanches – Mas o lance da música Brasileira acaba tendo essa mesma influência.Assim...Eu curto muito Alceu Valença, Nação Zumbi.Na verdade eu preciso me aprofundar um pouco mais.



FICHA TÉCNICA:
  • gLAUBER rIBAT - vOZ e gUITARRA
  • fERNANDO bOZO - bAIXO
  • sANCHES - gUITARRRA
  • pABLO mARANHO - BATERIA.
cONTATOS:
(12) 3206-7389 / (12) 8803-1480
* Entrevista realizada em Maio de 2009.
Agradecimentos Especiais a Todos do Hocus Pocus Stúdio & Café.

Valeu...Selmer.






BANDA "KID CUBA" LOUNGE POR ESSAS BANDAS.





































2009-05-14

P A R A B É N S " BANDA KID CUBA" - SJC.

A você internauta que entrou no blog do Lounge Por Essas bandas e participou da Enquete durante esses 30 dias, votou na sua Banda preferida, Muito Obrigado!Valeu Mesmo!Continue por aqui, participando, divulgando o blog que tem muita coisa legal por aí...
Obrigado Especial a todas as Bandas participantes que tiveram uma votação muito legal pelos internautas, mostrando que a cena musical de São Jose está se fortalecendo cada vez mais. Esperamos que as Bandas continuem alçando vôos cada vez mais altos em busca de um novo sol...
E, PARABÉNS !!!BANDA KID CUBA!!! GRANDE VENCEDORA DA ENQUETE COM UM NÚMERO PRA LÁ DE EXPRESSIVO NA VOTAÇÃO (110,44%).Durante todo o mês, você que acompanha o blog terá matérias exclusivas da banda Kid Cuba,vai poder conhecer um pouco mais do som dos caras,ver videos da banda,links,enfim...Um mês Especial aí com Banda Kid Cuba de São Jose dos Campos-sp.Lembrando que os caras vão estar nesta sexta-feira, 16/05/09 no lounge, tocando ao vivo suas canções e, claro a grande influência da Banda, o bom e velho rock n’ roll...
É isso aí...valeu galera...!!!
ACESSE:

2009-05-09


Especial " Por Essas Bandas " VOLTZ...

Depois de muitas tentativas...Enfím eu tive o privilégio de bater um papo com os caras da "Banda Voltz".E claro, você que está por aí acompanhando o blog vai poder ver a entrevista da Banda em primeira mão. Os caras são muito gente fina,tiram um som muito maneiro e de extrema competência. A Banda foi a grande vencedora do Gás festival em 2007.E de lá pra cá tem sido a banda de maior destaque no cenário das bandas independentes.Mas não só por isso! A Banda tem um som muito autentico e acredita pra caramba no trampo que está produzindo.Os caras falaram com muita propriedade sobre mercado fonográfico,cenário das bandas,começo de carreira,influências e parcerias musicais ao longo desses 10 anos de estrada.
Então continue por aí! Participando,votando na sua banda preferida,acompanhando os eventos... Em maio tem entrevista super Especial desses caras muito gente boa da Banda Voltz.
Por enquanto fique aí com algumas fotos tiradas da banda após o show.
valeu!selmer.




2009-05-08

I N A U G U R A Ç Ã O...

Sexta-Feira 24/04/09 rolou uma super festa de inauguração da mais nova casa de São Jose."Lounge Por Essas Bandas".A casa inaugurou com atrações pra lá de Especiais.No coquetel de abertura passaram pelo palco Pitty Coutto da Banda Urbana e o músico Peleco, além de atrações no bar com drinks e perfomances da Equipe Bartender's Beat co.E claro a presença do grande anfitrião da festa Beto Gomes (Betão) e parceiros do programa Por Essas Bandas na Rádio stéreo vale Fm.No palco principal as bandas convidadas foram: "Banda Caos" e "Banda Voltz".Enfim...Foi uma noite muito bacana mesmo! Você que não foi, va conhecer o Lounge que é uma casa muito bacana com (02) ambientes, (02) bares, Decoração bem bacana,stúdio de tatoo.Vale a pena ir conhecer!Veja fotos de tudo que rolou na inauguração Do lounge por essas bandas...E continue por aqui acompanhando a programação do final de semana...



valeu /selmer.















































Entrevista - "Banda ilícita" Lança 1° Disco...

selmer - O título do disco da banda “ 11:45 ” tem esse lance da numerologia que está relacionado à questão de sorte também..Como surgiu esse título para o 1 ° disco da banda ilícita?

NANYEntão, foi assim... Ano passado antes da gente decidir gravar o nosso disco, o Du Zakai da banda Akidawana que, também é o nosso produtor nos incentivou a ir pro estúdio.Na verdade ele empurrou todo mundo pro estúdio, tipo! Puta que o pariu...Entra logo pro estúdio pra gravar esse cd, entendeu! Temos muito que agradecer a ele pelo incentivo e pelo apoio. Aí começamos a gravar. Até então não tínhamos um nome pro disco.Pensamos em várias opções do tipo: Coelho Branco, Fantasia e Mais sobre nós.
GAIO – Pensamos em colocar Mais sobre nós porque é o nome da nossa música mais conhecida e, pelo fato de ter muito a ver com a banda também.Depois surgiu a questão da numerologia que a Nany vai explicar melhor.
NANYPensei no n° 11 que é um número de sorte.Olhei pro relógio da cozinha e estava marcando 11:11 h. Então ficaria 11:11 o título do disco.Só que na mesma semana eu vi uma entrevista no programa scrapt da MTV falando de uma artista Brasileira que estava lançando um cd em Londres com esse nome. Liguei pros meninos e disse já era, não vai rolar...Mas aí tinha também a questão do disco que tinha 11 músicas num total de 45 minutos.Que somando 1+1+4+5=11.E mais a questão do ano calendário de 2+0+0+9=11. E nisso o tempo foi passando... Quando eu vi era 11:45. Aí decidimos que o nome do disco ficaria 11:45.


selmer - A Banda estréia o disco novo com músicas inéditas, você Nany numa nova fase, fazendo arranjos no piano, além de ser a vocalista da banda.Fale sobre as músicas novas e Por que só agora você começou a usar o piano nas músicas?

NANYEu sempre toquei piano.Mas eu tinha vergonha.Eu não conseguia cantar e tocar ao mesmo tempo.Até que um dia eu acordei, fiquei ensaiando...Ensaiando até conseguir cantar e tocar piano ao mesmo tempo.Um amigo meu me enviou por Orkut o nome de uma banda da Califórnia com influência Britânica chamada “Fine Frenzy”.Quando eu comecei a ouvir pensei, Putz! Pra mim é a melhor Banda da atualidade.A influência dessa banda eu trouxe pro ilícita. Os arranjos que eu faço no piano são bem simples.Na verdade é mais pra dar confiança na hora de subir ao palco pra tocar.Quanto às músicas novas, a gente sempre pegou o coldplay como referência por ter um lance mais calmo, que usa pouca distorção, ter um som mais leve, enfim...Só que algumas músicas como, por exemplo: Olhos de Sinatra, Sentença, Se eu puder continuar acabaram ficando com um estilo meio muse.


GAIO - Foi mais pro lado dos strokers.Talvez um lance mais divertido.Se eu puder continuar já tem uma levada diferente, uma letra bacana pra não ficar uma coisa muito igual entre as canções.

NANYÉ engraçado a história da música Sentença. A princípio era só violão e voz. Faltava ainda uma música pra completar o cd.O Loo enviou essa música pro Gaio, nosso baixista.Tempos depois o Gaio ligou e disse: “Meu, vocês não tem noção do que fiz com essa música”.A princípio a banda não queria a música, mas o Gaio insistiu dizendo: “Calma gente, vamos ouvir... Calma!”. Aí ele chegou com a música com o baixo distorcido, efeitos de guitarra.(A banda imita os efeitos de guitarra) Pensamos depois de ouvir, nossa ficou muito boa!
GAIO – O que eu fiz foi compor o baixo em cima da melodia da voz.Depois a banda fez os arranjos de bateria misturando outras sonoridades.E aí a música acabou indo pro cd.Eu adorei ter feito isso!

selmer – A banda tem um público legal que acompanha os shows, tem um visual diferente, o cd ta quase pronto, tem um material circulando pela Internet.Resumindo, A Banda ilícita ta pronta pra entrar no mercado!

NANY A gente ta terminando de mixar o nosso cd.Já ta rolando na Internet.Começamos a trabalhar com um Produtor de São Paulo que trabalha com a Arsenal Music e Universal também. E foi exatamente isso que ele falou.Que estamos prontos pra entrar no mercado porque visualmente ta legal, as músicas são boas, as letras são excelentes e muito boas pra ouvir.Ta perfeito!O que falta na opinião dele é a gente bombar na Internet.E é exatamente isso que ele vai nos ajudar.A partir daí fica mais fácil conseguir um empresário.O papel do empresário é diferente do Produtor.O produtor produz.Enquanto o Empresário banca financeiramente a Banda.

GAIO – Esse tipo de reconhecimento é legal pra caramba.Ainda mais agora que temos o cd. É gratificante porque dá muito trabalho mesmo! Tem sempre esse lance de tachar o músico.Dizer que músico só trabalha final de semana.Na verdade a gente trabalha a semana inteira.Gravando no estúdio, fazendo contato.Às vezes o pessoal envia mensagens dizendo que adora o som da gente.Parece algo simples, mas na verdade deixa a gente super feliz, feliz mesmo!E acaba dando um gás novo pra banda.

selmer – Nany conversamos há quase um ano atrás sobre a sua voz.Eu fiz algumas críticas que, a meu ver foram bem aceitas porque ouvindo a nova versão de Mais sobre nós dá pra perceber que ta com uma pegada diferente.

(Gaio pede pra responder)

GAIO – Vou responder com toda sinceridade do mundo.Nada mais foi que pegar no pé.Chegamos nela e falamos: É o seguinte nany, todo mundo treina, fica em casa estudando as músicas.E você vai ficar na porra da sua casa, estudando a porra das músicas.Pegamos no pé dela porque graças a Deus a gente tem essa liberdade de falar um com o outro e, cobrar.A nany ta estudando as músicas, tocando piano.Por isso talvez esteja com essa diferença.
NANYTem também a questão da auto-estima.Eu tive um filho e engordei muito.Eu me sentia muito mal.(Mas ta gatona agora!) GAIO – A verdade é que eu tenho namorada porque o sonho dos pais da nany era me ter como genro...(Voz da nany de fundo..) MENTIRA!!!...RISOS GERAL....
NANY Então...Aí eu acabei passando um processo meio mal dentro da banda.Tanto é que os meninos me ajudaram muito.Quando o Juninho (Du Zacai) chegou ele disse: “ Eu te conhecia de outra forma. Você caia no chão, pulava do palco. Que aconteceu? Você não canta direito, parece que morta em cima do palco.” Aí eu disse a ele que a minha auto-estima estava baixa porque eu tinha engordado.Então ele me incentivou a emagrecer.E é isso que eu to fazendo.Quando você ta em cima do palco o público ta te observando, te analisando. Reparando mesmo! Mas agora eu to bem. Isso reflete numa boa performance em cima do palco.

selmer - O som que vocês fazem tem muitas influências de bandas consagradas. Mas nem por isso a música de vocês deixa de ter uma autenticidade.Como funciona essa diferenciação entre a originalidade e a copia?

LOO – Nesse disco cara, o que eu posso dizer é que todo mundo quer uma banda que seja autentica.A banda ainda tem muita coisa pra aprender.E somos bastante humildes pra assumir isso.Mas uma coisa que não se pode negar nesse disco é que está consolidado como o disco em que produzimos muitas coisas da banda. Todas as músicas tiveram um carinho especial.E todas as músicas têm alguma coisa pra dizer, entendeu!Quando a gente toca as músicas, independente se é a mais animadinha como, por exemplo, Olhos de Sinatra ou Medo dos meus planos que é mais pensativa.Todas as músicas têm elementos que acrescentam pra gente.E quando a gente acredita no que faz as pessoas acabam sentindo também.Essa é a intenção.Não querendo comparar a gente a ninguém que já ídolo né cara, mas a melhor coisa pruma banda é alguém ouvir a sua música e entender de uma forma só dela, saco! Tipo, você faz a música dentro da sua realidade, mas de forma universal onde cada pessoa interpreta a sua maneira.E se a gente conseguir isso com esse disco eu já vou estar satisfeito. Referente às influências, Cada um da banda tem o seu gosto pessoal.Por exemplo, a Nany gosta muito de Muse, até por isso ta tocando teclado e piano agora.Na verdade ter influência não quer dizer que você ta fazendo algo parecido.Quer dizer que aquela banda que você gosta te faz ter inspiração pra pensar em alguma coisa. É dessa forma que a inspiração funciona.Eu gosto to U2.Claro, eu não consigo fazer coisas iguais ao U2.Mas essa banda me faz pensar coisas boas pra acrescentar na ilícita.O Niltinho gosta de Red Rot chili Peppers e Strokers.Então acaba entrando essa referência nos arranjos também. É assim!...O problema é quando a pessoa tenta imitar.Aí não rola.

selmer – Bondesan, você tocava Batera na banda Hollywood suicide que tem uma pegada bem diferente em relação à Banda ilícita.O que te fez trocar de banda?


David BONDESAN – A banda antiga tocava mais Rock and Roll.Com eles eu sempre toquei mais Covers, tipo: Led Zeppelin, Queen, Guns N’ Roses.Eu já conhecia os caras.Fiz alguns free lances e sempre tive um respeito enorme pela banda e sou fã.Quando o pessoal da ilícita me chamou pra fazer um show acústico era o dia do meu aniversário.De cara eu curti e pude colocar as minhas influências.O que mudou até agora pra mim é que eu cresci muito como músico porque eu to junto de músicos que tem, cada um, uma pegada diferente.Eles me ensinam muitas coisas.Na verdade eu to virando um pouco Inglês também ( rsrsrsrs..) por causa do estilo da banda.Ta sendo um prazer ta vestindo a camisa da ilícita.E, eu não teria aceitado se eu visse que eles não tocam com o coração.Porque na verdade ta no sangue.Pra mim tem também esse lance de estar lutando por um lugar ao sol no cenário das bandas.To muito contente com a banda.(E você foi elogiado por um grande músico daqui que disse que você ta arrebentando na batera) Nossa...Que beleza! Na verdade quando eu entrei peguei o trabalho pronto de outros bateristas que passaram pela banda.Eu não quis mudar o que já tava.Apenas acrescentei algumas coisas das minhas influências.A base continua.O mérito é de todos, sem distinção...





NILTINHO – O que conta na verdade é a energia que ele passou pras músicas.Tem uma identidade dele.

LOO – "O David é o melhor baterista de São Jose! Pronto, falei..."

David Bondesan – Aproveitando o espaço, queremos agradecer a todos que nos apóiam.Ajudam a gente.Sem toda essa galera a Banda ilícita não chegaria a lugar nenhum. Então, muito Obrigado mesmo!.
Ficha Técnica:
  • Nany Oliveira(vocais, violao, piano)
  • Loo Felix(guitarra, violao)
  • Nil Yorke (guitarra de efeito, violao)
  • Gaio Gautier (baixo)
  • David Bondesan(baterista).

Contatos: (12) - 9131 933312 - 39132706

www.purevolume.com/newilicita

http://www.tudosobreilicita.blogspot.com/