2009-05-21

ENTREVISTA EXCLUSIVA " BANDA V O L T Z "

Selmer – É fácil falar da banda quando o trampo ta rolando legal, a banda já ta conhecida no mercado.Então gostaria que vocês fizessem um retrospecto desses 10 anos de estrada da Voltz.As dificuldades que a banda teve. Começo de carreira, até conseguir colocar o som de vocês nas rádios ?

Glauber Ribat - Cara, começamos em janeiro de 1999 e, enfim... Da formação original eu sou o único.Mas os demais integrantes já tinham outras bandas e tocavam também. Pra mim começou como uma brincadeira de colégio entre amigos.Acho que pra eles começou assim também.Só que a gente é apaixonado pelo que a gente faz. O lance foi tomando conta e virou a coisa principal na vida de todos nós.Passamos por milhares de dificuldades. Na verdade até hoje a gente passa por dificuldades.Acho que não existe uma banda que não passe por dificuldades.Acho que sempre terá uma barreira a mais pra enfrentar, coisas diferentes pela frente que a gente não sabe. Assim... A gente passou por dificuldades pra tocar, dificuldades pras pessoas aceitarem o nosso som na rádio, na mídia em geral.É o que rola e acontece com a gente desde o inicio em escalas diferentes. Hoje as mídias maiores ainda são fechadas pra gente.Algumas a gente já conseguiu abrir.Outras estamos galgando pra abrir.Mas o mais bacana desde quando eu montei a Voltz é que, eu tinha intenção de tocar som próprio.E os caras também faziam isso nas bandas que eles tocavam na época.A gente começou a tocar covers pra caramba na noite.Aprendemos muito. Mas sempre tocando o nosso som.A gente foi cara de pau pra caramba. Demos muito muro em faca e no final fizemos as pessoas engolir o nosso som.

Selmer - Vocês participaram de um documentário muito legal chamado “Cantadores de Histórias” produzido por Ana Claudia Silvestre e Pedro Quadros, que conta a trajetória das bandas regionais e as dificuldades até chegar as gravadoras.É um caminho longo e difícil sempre, não?

Glauber Ribat - Cara é o que eu to te dizendo! A dificuldade existe pra todo mundo mesmo em 100 % das bandas.O U2 por exemplo, deve ter passado dificuldades. Não é possível!!! É serio, saca.Pra todo mundo é difícil.O U2 é uma banda transgressora ao extremo. Por mais que eles mudem e queiram ser a banda mais diferente que existe eles vão enfrentar algum tipo de barreira cara. Acho que a vida é isso.Enfrentar obstáculos.Uma banda quando chega no Ápice tem que quebrar seus próprios limites. Acho que é isso que faz uma banda sobreviver.
Pra gente é legal conviver com várias bandas que tem aqui. Principalmente pra mim, até porque o Bozo(baixista) e o Charles(Guitarrista) são um pouco mais velhos que eu.Então acabam sendo mais contemporâneos porque já tocavam em outras bandas.Eu comecei a tocar em 1996, quando vi pela primeira vez a banda do Dotô Jéka no Jô Soares.Pensei: - É isso que eu quero fazer -Se os caras fazem isso em Jacareí eu também posso fazer aqui em São Jose.A banda Dotô Jéca foi a antiga banda do Tuia Lencione que hoje é um grande amigo meu.Tem uma música dele no nosso disco.Eu produzi o disco dele. Isso é muito maneiro...Com a banda Mack Zero 5 eu aprendi muitas coisas de produção trabalhando com o Fábio Alba(guitarrista). É assim cara.A gente foi quebrando várias barreiras juntos até chegar aonde à gente ta.


Fernando Bozo – O legal que você falou do DVD é que todo mundo começou mais ou menos na mesma época.Eu e o Charles somos daquela época.Então acaba todo mundo se encontrando.O Glauber citou o Tuia que é daquela época também.A gente era fã do trabalho dele.Não o conhecíamos pessoalmente.Mas hoje somos grandes amigos.
Glauber Ribat - O Tuia ta trabalhando no novo projeto dele que eu e o Bozo vamos participar.
Fernando Bozo - Temos contato com o pessoal do Mack zero 5 que o Glauber trabalhou junto também.O pessoal da Banda Luxúria que o Glauber produziu o disco.Acaba todo mundo se encontrando e se juntando.Isso que é legal na cena musical daqui.

Glauber Ribat – Quando se fala em cena musical, tudo isso é o principio.Você observa e diz: - Também quero participar disso - E tudo isso vai te mover pra uma coisa enriquecedora dentro da cena musical.Quando a gente fala que o mercado ta crescendo é por causa disso.Um ajudando o outro em busca de melhorar o som que está sendo produzido.
O Pablo veio de longe...Do interior. O Charles a gente arrebanhou pra Voltz.Inclusive eu trabalhava na Banda Capitão do Mato com o Charles que é outra banda que ele ainda tem. Quando o Mack Zero 5 lançou o disco deles pensamos: - caralho o disco é muito bom! A gente tem que fazer isso cara - Aí a gente fez o nosso disco.E é engraçado porque os caras do mack Zero 5 ouviram o nosso disco e disseram a mesma coisa. - Caralho, o disco de vocês ta muito bom! Temos que fazer outro disco - Assim que é legal saca! Essas referências fazem a cena musical enriquecer e crescer. Você se apóia nessas referências pra chegar nos seus objetivos.

Selmer – Vocês vêm sendo a banda de maior destaque desde de 2007 pra cá. Foram vencedores do Festival Guaraná Antártica.Estão com alguns rits tocando nas rádios.Mas de certa forma parece que ainda ficou faltando alguma coisa, se é que eu posso dizer assim, no sentido de mercado, expandir mais o som de vocês.Enfim...

Bozo – É um pouco de cada coisa. Dentro do mercado das bandas não é do dia pra noite que se consegue ter uma carreira consolidada. A banda existe há 10 anos. Só trabalhando e, com o tempo é que a gente vai conseguir chegar aonde a gente quer.

Glauber – São varias coisas mesmo. A banda já passou por muitas coisas.Acho que você, selmer pode dizer pessoalmente isso.A forma como a gente evoluiu do ano passado pra cá é impressionante.(É verdade!)A gente olha pra trás e vê quanta coisa aconteceu. Pensamos: - Caramba, olha tudo isso! - Houve coisas que a gente fez há um ano atrás e shows. Como a gente mudou. Acho que assim, o mercado tem uma dificuldade de absolver coisas novas porque tem muita banda tocando.Tem muita coisa acontecendo e o mercado fonográfico ta quebrado no Brasil.Não se tem grana pra nada. Principalmente de uns seis meses pra cá que a gente vem enfrentando uma crise internacional onde quase todas as gravadoras são multinacionais. Então todas elas tão sem verba.As que estão funcionando são as nacionais chamadas de pequenas.Por exemplo, Arcenal Music, Deskdisc, enfim... A gente tem que ir se moldando e aprendendo como trabalhar para entrar no mercado cada vez mais.Se avaliando: - Pô a gente tem que melhorar nisso, mudar aquilo - E o mercado também se adaptando a nova forma de trabalhar que eles ainda não encontraram, saca! É complicado.As gravadoras ainda não sabem como fazer. Não sabem como fugir da pirataria. Não sabem como reverter o prejuízo que tiveram com a pirataria .Então assim , acho que a gente ta numa fase complicada e transitória. Mas vamos pra frente!

Selmer - Mas tem o lado bom porque hoje as bandas têm a liberdade de produzir seus trabalhos, divulgar por conta própria na Internet, produzir seus vídeo clips, agendar shows...Enfim, nesse sentido melhorou né.E você ta produzindo o trampo da Banda Caos.

Glauber Ribat - Tem a ver com a solidez do que a gente faz. Não ficamos só dependendo da gravadora, da rádio pra tocar a nossa música. Se alguma coisa não for do jeito que a gente quer com a gravadora a gente vai continuar produzindo o nosso som do mesmo jeito. Acho assim, a atitude hoje é de banda independente pra sempre até que o mercado consiga achar uma forma de funcionar é assim que tem que ser. A gente encontra muito artista na estrada. Conversamos com vários caras que são lendários da música nacional. A gente teve o prazer de conhecer o Jorge Israel do kid Abelha, uma das maiores bandas dos anos 80.Foi nessa época que o rock surgiu no Brasil. A gente conviveu um tempão com o Tony Garrido em função do festival guaraná antártica. O Tony garrido tem o escritório dele, a parada dele porque conseguiu consolidar a carreira.E hoje ele tem autonomia pra fazer isso.Mas é assim, cara.Esse é o nosso caminho.Todo mundo tem que ter atitude de banda independente...Todo mundo tomando conta de si próprio...As grandes bandas do Brasil hoje, Skank e Jota Quest tem estúdio próprio. Entregam seus trabalhos prontos para a gravadora que só distribui. Todo mundo arrumou uma forma independente de trabalhar...

Selmer - Cada vez que ouço a banda tocando, eu me convenço que música é coração mesmo!Se você não coloca a alma naquilo que você ta fazendo o público vai sentir.O resultado positivo do trabalho de vocês tem muito a ver com isso, não?

Glauber RibatCara, particularmente eu acho que esse é o ponto principal do nosso trabalho.A gente só consegue fazer isso porque vivemos muito bem.Não to falando de grana não! É mais no sentido de estar satisfeito com o que a gente faz.Isso é o mais importante.Existe um monte de complicações que a gente passa .Mas acho que a gente está muito satisfeito com que a gente faz.A gente se dedica muito.Vem a mais de 1 ano só se dedicando a isso.Largamos tudo que a gente fazia na vida pra se dedicar exclusivamente a música .Acho que isso faz a gente se sentir muito bem.Chegar no show e ouvir um monte de gente cantando a nossa música, aí não tem jeito.A gente bota o coração mesmo e deixa rolar.

Selmer – Como é o lance da elaboração das letras.Tem a ver com o momento,rola um tema especifico.Como é o seu processo de criação das letras Glauber.

GLAUBER Ribat - Cara desde criança eu tinha uma onda de escrever poesia.Gosto de muita coisa.Já li muitas coisas.Até acho que preciso ler mais. Gostaria de ter mais tempo.Ser mais disciplinado pra ler.Mais enfim...Desde criança eu já gostava de escrever. Conforme eu fui crescendo, comecei a retratar tudo que eu vivo.90% das letras são coisas que a gente passa.Coisas que vivo.Algumas coisas eu acabo criando da minha cabeça,saca! Aí é o lado poético da historia.Só que é meio inexplicável..Às vezes vem como psicografia,outras eu passo um ano escrevendo a letra.Não tem uma regra.Só que o mais bacana é que quando eu escrevo alguma coisa ,eu crio a melodia,a harmonia.Aí a gente ensaia e cria a música juntos. Por exemplo, o BOZO tem um link impressionante. Eu chego com uma parada aí ele entorta pro lado dele, o Pablo já imenda...

Selmer – Quando tudo acaba a gente percebe que estava apenas começando, não?

GLABER Ribat – Com certeza! Cara o Líu que é o compositor dessa letra tem uma história bem triste. Ele faleceu num acidente de carro dezembro de 2005.Era um parceiro de trabalho que eu conheci após ele ter lançado um disco pela DR que era uma banda carioca que eu fui convidado pra participar.Nisso viramos amigos.O Líu tinha 23 anos de idade e escrevia coisas muito além da idade dele.Impressionante mesmo!Quando começamos a montar o repertório pro nosso disco a gente tinha varias músicas nossa. Só que a gente queria fazer a coisa mais coerente possível.Tínhamos músicas que eu compus desde de 2001 até 2007 por exemplo.Aí o Bozo sugeriu que a gente pegasse a música “Quando tudo Acaba” pra gravar porque só ia somar ao disco e tinha tudo a ver com a gente tocando.

BOZO –Foi bem na época que a gente tava tocando outras músicas. Já tínhamos escolhido a do Mack Zero 5 .Eu sugeri a música “ Quando tudo acaba”.Depois no finalzinho do repertório pintou a música do Tuia e foi bem na época que o Glauber tava produzindo o disco dele.

GLAUBER Ribat – O Tuia falou pra gente.“Tem uma música aqui que tem a onda de vocês e eu gostaria que vocês ouvissem.” A gente gravou na hora... E assim, voltando ao ponto da questão das letras. Tentando entender um pouco do universo do Líu que tem a ver com o nosso também.A gente percebe que ele tinha uma sede muito grande.Ele era um cara muito intenso. Ele queria extravasar, botar tudo pra fora. Isso era extremamente poético.Por isso a gente decidiu colocar essa música no disco.
BOZO – É a música mais intensa do show!
GLAUBER RibatMAS a gente roubou! É nossa, rsrsrsrs... O Líu, onde ele estiver , Deus o abençõe, mas ele sabe disso. Essa música é nossa agora.

Selmer - Esse ano a banda já apareceu em alguns programas de tv, ta começando também a temporada de shows e divulgação.Quais os principais objetivos da banda pra esse ano de 2009?

GLAUBER – A gente tem umas metas pra esse ano.A gente quer que esse ano seja o ano em que a gente mais toque em tudo quanto é lugar, saca.A gente gravou muito o ano passado, foi muito bacana. Fizemos coisas que a gente nunca imagina que ia fazer .Esse ano a gente quer ir pra longe.Aonde quiserem ouvir o nosso som a gente vai tocar. Esperamos que a mídia se abra um pouco mais. Na verdade isso já aconteceu graças a Deus! Esse ano nós já fizemos muito mais coisas em relação ao ano passado.Enfim só estando na estrada pra saber o que vai acontecer.Mas pelas respostas que a gente tem recebido, parece que estamos no caminho certo.O Pablo nosso batera, sempre diz: “ SEMPRE QUE A GENTE SE VÊ OLHANDO PRA TRÁS, A GENTE NUNCA SE VÊ VOLTANDO.MESMO SENDO O MENOR DEGRAU QUE EXISTE, A GENTE SÓ ANDOU PRA FRENTE.” Pensamos nisso todos os dias e a cada degrau que a gente avança, imaginamos que um dia vamos chegar aonde a gente quer porque a gente tem metas!
BOZO – A gente nunca trabalhou tanto como a gente ta trabalhando agora.Não só na questão de shows, até porque a gente ta voltando agora, mas na questão de administrar mesmo. Desde a questão artística até a produção.
GLAUBER - A gente quer crescer muito este ano como banda.A mídia é outra história. Se a gente vai conseguir chegar na mídia, só vamos saber no final do ano.Como profissionais a gente garante que vai crescer bastante porque a gente ta se dedicando muito.

Selmer – No cenário das bandas regionais você Bozo, é apontado como um dos grandes baixistas do cenário musical.Sendo o baixo um instrumento de acompanhamento, como fica esse lance de saber aparecer no momento certo?

BOZO – Acho que não tem esse lance de querer aparecer ou não!O lance principal é o que a música pede.De repente você sente que a música ta pedindo alguma coisa diferente,então você experimenta e tal. Tem o lance com o Pablo também desde a primeira vez que a gente tocou junto rolou uma sintonia legal.Tanto é que ele só ta na banda por isso...(riso Geral...) Não é verdade! É engraçado e, muita gente não sabe, mas a primeira experiência que eu e o Pablo tivemos tocando juntos foi em outra banda .Ele morava no interior.Eu o conheci pela Internet e o convidei pra fazer um teste na banda que eu tocava na época.Como ele morava longe não rolou muito. Só que a gente teve esse link musical muito forte,entendeu!Muitos anos depois eu já estava tocando na Voltz.Então sugeri chamar o Pinaju...rsrsrs...O Pablão. Na verdade rolou um link legal com todos da Banda.
PABLO Maranho - Muitas vezes, eu e o Bozo combinamos algumas coisas sobre o que vamos fazer nas músicas.Eu dou algumas idéias, o Bozo vem com outras e, aí a gente fecha. Conversamos bastante sobre outras bandas, sobre referências...
Fernando Bozo – É engraçado e muita gente não sabe mas eu comecei tocando teclado e violão. Então eu brinco com esse lance de falar que eu não sou baixista. Mas o baixo foi o instrumento que eu mais me identifiquei e gosto pra caramba.Quando eu faço um arranjo penso também em valorizar o arranjo que o Glauber e o Sanches fizeram.Eu costumo falar que o baixista bom, ou é aquele cara que faz um lance fodido, que pinta na música, ou é aquele cara que você vai no show e não nota.Se ele não apareceu, ele é bom também porque ele fez o básico.O baixo não tem que ficar aparecendo o tempo todo.

GLAUBER – Eu posso até complementar tecnicamente dizendo que o BOZO realmente tem esse lance muito melódico tocando o baixo.Por isso acaba sendo um referencial enquanto baixista. Isso acontece pelo fato dele tocar vários instrumentos.Então ele pensa na música num contexto geral, sabe.

BOZO – O baixo é um instrumento de acompanhamento, não é um instrumento solo.Pelo menos essa é a minha opinião.Tem que ser simples e eficiente.
selmer – Sanches, gostaria que você falasse sobre as suas influências musicais como guitarrista nas bandas anteriores e agora tocando na Voltz.

SANCHES – Eu comecei a tocar ouvindo muita música dos anos 60 e 70.Eu sempre gostei muito de Blues.Também tem o lance do Rock mais clássico, o lance de improviso.Aí foi que eu comecei a tocar com o Bozo na nossa primeira banda há muito tempo atrás.A gente curtia muito grunge que era o som que tava estourando na época.Por exemplo: Nirvana, Alice in chains, Pearl Jam. São as mesmas influências que eu tive no Blues e ouvindo Jimi hendrix. Tanto é que quem manja de guitarra percebe nitidamente no primeiro álbum do Pearl Jam influências de guitarras do Jimi Hendrix. E depois rolou um lance de tocar música Brasileira também. Recentemente eu tenho ouvido coisas que não são novas mas, que eu fico reparando a sonorização.Coisa que eu não fazia muito.Tenho ouvido bastante Nickelback, foo Fighters que tem uma influência muito grande do Nirvana.É mais ou menos por aí.
Glauber – Você tem que falar mais sobre as suas influências da música Brasileira...
Sanches – Mas o lance da música Brasileira acaba tendo essa mesma influência.Assim...Eu curto muito Alceu Valença, Nação Zumbi.Na verdade eu preciso me aprofundar um pouco mais.



FICHA TÉCNICA:
  • gLAUBER rIBAT - vOZ e gUITARRA
  • fERNANDO bOZO - bAIXO
  • sANCHES - gUITARRRA
  • pABLO mARANHO - BATERIA.
cONTATOS:
(12) 3206-7389 / (12) 8803-1480
* Entrevista realizada em Maio de 2009.
Agradecimentos Especiais a Todos do Hocus Pocus Stúdio & Café.

Valeu...Selmer.



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